sábado, 23 de julho de 2016

Apocalípticos e Integrados - Umberto Eco

Quando da primeira edição deste livro, em 1964, Apocalípticos e Integrados era apenas um título. Desde então tornou-se uma expressão de uso corrente, uma oposição quase proverbial. Quando o livro saiu, aplicar instrumentos de pesquisa rigorosa a argumentos como a banda desenhada, a canção de consumo e a narrativa popular, soava quasi ultrajoso aos ouvidos de muitos: hoje, as mesmas gerações jovens que responderam com as técnicas de informação alternativa e de contra-informação à invasão dos meios de massas, demonstraram que o problema desses meios atinge o coração da nossa sociedade, impregna a sua ideologia, fornece a todos instrumentos que já fazem parte da maneira de falar e de pensar quotidiana e que são por isso estudados a fundo, sem receio de parecerem frívolos só porque dedicam um ensaio a Steve Canyon em vez de um poeta menor do século XV.
Muitos destes ensaios já fazem parte das bibliografias internacionais sobre o tema, embora alguns se ressintam do clima e da problemática daqueles anos. Esta edição integral de um livro já «clássico» visa, assim, tornar a propor a novos leitores alguns textos que ainda hoje constituem matéria de discussão e que não perderam o seu poder de provocação intelectual.
Críticas de imprensa
«Apocalípticos e Integrados é, geralmente, visto como uma das obras-primas da crítica e da semiologia contemporâneas. Numa palavra: um clássico. Desde que foi lançado não deixou de ser lido, comentado e citado vezes sem conta; a crítica apropriou-se dele e transformou-o num modelo.»
Público

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