Ludimila, uma garotinha que odeia a cobra da sua professora
de português, ou melhor é odiada pela
sua professora de português num dia com um Sol de quarenta graus, acontece
exatamente o que Ludi mais teme, fica de
recuperação, com certeza seria mesmo “morte certa” em casa.
Ludimila mora com sua mãe, seu pai, seus dois irmãos e a empregada,
de frente para Praia do Flamengo que fica dentro da Baía de Guanabara. Sempre
que chega em casa joga a mochila no chão, ligava a televisão e ia pra cozinha
encher o copo de leite com Nescau, ela até ganhou um apelido dessa por causa
mania, a Marquesa dos Bigodes de Nescau.
Na manhã seguinte a
“Marquesa”resolve não ir a sua aula de natação e dar uma passadinha na Praia, o
que ela já sabia e pensava que tinha mudado, mas não tinha mudado nada na
verdade era que a praia estava tão poluída que era quase que impossível se
arriscar naquela sujeirada toda, então Ludi que desde pequena era fascinada por
fazer buracos na areia decidiu naquele momento fazer um buraco o maior de todos
o melhor de todos. Logo, ela tinha feito um buraco tão fundo que ela já tinha
desaparecido na areia, e o menos esperado aconteceu uma onda gigante e muito
poluída levou ela direto para o fundo da Baía de Guanabara, e muito
estranhamente ela foi recebida por um Tatuí, sua missão no fundo do mar é
ajudar despoluir a Baía inteira. Será que Ludi vai conseguir? Quem poderá
ajuda-lá?
Pra falar a verdade
gente quando ganhei esse livro eu não tava com muito vontade de ler ele,
pensando que fosse uma história infantil ruim, mais depois que comecei a ler
devorei ele.
Quando terminei me
surpreendi, masquem não gosta de Monteiro Lobato não recomendo o livro, pois a
escrita é muito parecida com a do autor.
O livro chega até a
surpreender quando você pensa que nada demais possa acontecer, acaba
acontecendo o menos previsível e o mais impossível, afinal o livro foi escrito
por Luciana Sandroni, uma filha de Monteiro.
Ao chegar no fundo
da Baía Ludi tem de enfrentar a ideia de que é a única que pode ajudar a salvar
Guanabara, suas únicas ideias já foram usadas antes por outros peixes, mas
sendo humana ela conhece personalidades que a podem ajudar para que junto com
os pequenos peixes e crustáceos da Baía de Guanabara eles possam despoluir a
Baía.
A Marquesa dos
Bigodes de Nescau como é conhecida no fundo do mar, tem a ajuda de alguns
crustáceos e de alguns peixes entre eles o Tatuí – um peixe- que a recebe na
chegada, o Zé do Polvo – sugestivamente um polvo – que ajuda muito para cumprir
as tarefas que eles se propõe a cumprir, e a dona Concha – que é uma concha – a
editora do jornal O Mar. Quando você acha que Ludimila vai conseguir salvar a
Baía acontece coisas que não eram de se esperar.
Luciana Sandroni
deixou um gostinho de quero mais, depois que terminei este livro. Quando
mencionava O Reino das Águas Claras ou o no apelido de Ludi – A Marquesa dos
Bigodes de Nescau – senti muita vontade de ler as obras de Lobato, porque até
só li resenhas de algumas obras.
Enquanto lia o
livro tive vontade de ir voando até a biblioteca pra buscar mais obras da
autora como O Mario que não é de Andrade que com certeza vou ler, pena que não
fui. Leia alguns trechos bem legais do livro:
Depois de algumas
horas não se via mais a Ludi na praia: o buraco estava tão fundo, tão fundo,
que ela tinha desaparecido lá dentro. De repente, uma coisa aconteceu: uma onda
muito grande e suja empurrou a Ludipro fundo do buraco que começou a se cavar
sozinho e em questão de segundos a Ludi foi parar num lugar que não era nem o
Japão nem o “Reino das Águas Claras” e nem o “País das Maravilhas”: era o fundo
da Baía de Guanabara mesmo.
– Até quem enfim a senhora chegou, Marquesa,
nós já estávamos preocupados. Como Vossa Alteza foi de viagem? Perguntou o
Tatuí.
"Ludi vai a praia é um livro infantil superfofurinha e
com um tema muito importante: A poluição do mar."
Sendo a Marquesa, Ludi tem responsabilidades e uma dessas
responsabilidades é participar de um congresso para decidir o que os peixes,
moluscos, crustáceos e outros seres do mar vão fazer. Já que a casa deles está
totalmente poluída.
Por ser bem pequeno e
"fácil de entender" li bem rapidinho.
De inicio pensei se
tratar de uma menina que ia a praia com os amigos e esse tipo de coisa...
Mas não, apezar de
ser um livro infantil ele inspira. Falando de um tema mega importante (ainda
mais agora) que é a poluição dos nossos mares, oceanos e praias.
O melhor de tudo é
que apezar de se tratar de um tema tão importante e sério como esse o livro tem
uma abordagem divertida e uma protagonista que reflete muito bem as crianças de
hoje em dia.
O fato de a escritora ter começado de "maneira
lenta" falando de temas bem cotidianos como ir mal em alguma matéria,
gostar de ficar só olhando TV, fazer bagunça ajudou a entender que Lud não é
"a heroína inatingível e incorruptível da história" apenas uma menina
normal. E por ser "apenas uma menina normal" ela inspira os pequenos
mostrando que até uma menininha normal pode mudar o curso das coisas.
Ludapezar de ter 8 anos tem uma personalidade muito forte e
é uma fofa.
P.S: Como falei lá no inicio o livro foi pego na biblioteca
da minha escola e acho muito importante salientar quedevemos cuidar em especial
dos livros da biblioteca como se fossem nossos (e se formos pensar, são nossos
mesmo) por que como falei se eu fosse levar em conta apenas o pó e "estado"
do livro nunca teria o pegado pra ler. ;) ( relaxarya.blogspot.com )
Quem
ousaria reescrever um livro que já é quase um clássico da literatura infantil
brasileira? Quem poderia imaginar que a primeira aventura da famosa Marquesa
dos Bigodes de Chocolate, nossa adorada Ludi, ganharia novos capítulos e
personagens? Será que uma história excelente pode melhorar ainda mais? Para
alegria da criançada, não há limites para o talento, a imaginação e a coragem
de Luciana Sandroni, que incrementou a odisseia da marquesa nessa caprichada
edição da Manati. Quem já conhecia a história vai se esbaldar com as novidades.
E quem nela mergulhar pela primeira vez nunca mais a esquecerá. O amor da Ludi
pela baía de Guanabara e sua esperança em despoluir vieram para ficar e contagiar.
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