sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Um Sonho no Caroço de Abacate – Moacyr Scliar




Um sonho no caroço do abacate, de Moacir Scliar, é um manifesto contra sentimentos e emoções pré-concebidas e, em especial, o preconceito contra judeus e negros.
O autor traz à tona o tema do estranhamento do diferente, a incapacidade de aceitação, pela sociedade, daquele que foge dos padrões sociais e culturais estabelecidos como "normais".
História que aponta e discute fatos do cotidiano de todo jovem e que, segundo o próprio autor, não foi escrita com o propósito de "dar lições", mas simplesmente para compartilhar, com os leitores, experiências que fazem parte de suas lembranças pessoais.
A amizade, o preconceito, a pluralidade cultural, a ética e o amor servirão como um exercício de reflexão para que o jovem leitor exerça, de fato, sua cidadania plena.
O inicio da estrutura narrativa usada pelo autor para uma temática direcionada a adolescentes é perfeita, simples e objetiva.
Um garoto com um nome pouco comum, Mordoqueu Stern (ou simplesmente Mardo), nascido em uma família de imigrantes de judeus lituanos, acaba se tornando um grande amigo de Carlos, um negro, filho de um consultor jurídico de uma grande estatal que tinha acabado de ser transferido de Salvador para São Paulo. Eles lutam para ficar amigos e lutam para serem aceitos no colégio e nas respectivas famílias.
Por motivos óbvios, os dois jovens encontraram alguma resistência para realizarem suas matrículas numa escola freqüentada por filhos de famílias abastadas. Juntos, os dois amigos enfrentam a discriminação, a injustiça e a incompreensão.
A mãe de Mardo, judia, ao imigrar para o Brasil, deixa na Rússia um sonho de infância: o de comer abacate. Fruta cara, inacessível, o abacate representa o sonho improvável de liberdade (de crença, de religião), de felicidade, de conquista e de esperança.
O caroço do abacate talvez guardasse um segredo que não podia mais ser revelado à senhora Stern: um sonho que ficou perdido na sua imaginação infantil e na pátria que teve de abandonar por causa do nazismo.( passeiweb.com )


Esta história é um manifesto contra sentimentos e emoções pré-concebidas e, em especial, o preconceito contra judeus e negros. O autor traz à tona o tema do estranhamento do diferente, a incapacidade de aceitação, pela sociedade, daquele que foge dos padrões sociais e culturais estabelecidos como 'normais'. Mardo, um judeu, e Carlos, um negro, discriminados, lutam para ficar amigos e serem aceitos no colégio e nas respectivas famílias. A mãe de Mardo, judia, ao imigrar para o Brasil, deixa na Rússia um sonho de infância - o de comer abacate. Fruta cara, inacessível, o abacate representa o sonho improvável de liberdade, felicidade, conquista e esperança.

Você não encontrará esse título em nenhuma lista de bestsellers ou espaço de destaque em grandes livrarias, talvez ao vê-lo você o julgue mal pela capa e acabe formando um preconceito (ou seja, fazendo uma ideia sobre ele antes de realmente conhecer). Não se engane essa deliciosa leitura é mais do que recomendada, vale a pena cada linha.

 É um livro simples com uma história singela que não tem grandes pretensões e fala de pessoas normais com problemas bem comuns; porém, assim como nas grandes ideias, a sua genialidade está na simplicidade. A literatura está cheia de personagens fortes, com super poderes ou que tem algo de especial; enredos complexos e dramas elaborados que chamam a atenção pelo incomum e arrastam os leitores a aventuras em lugares distantes, excepcionais e conflitos internos e externos tenebrosos. Em face dessas obras, o mérito de Um sonho no caroço do abacate é conseguir se destacar e ter um público sem esses recursos.

Logo no primeiro capitulo o curioso título é explicado, o narrador-personagem Mardoqueu Stern conta a história de seus pais, judeus lituanos que chegam ao Brasil fugindo da ocupação nazista. Na Rússia, onde viviam, o abacate era muito raro e caro e a mãe de Mardoqueu sonhava em conhecer essa fruta, que no livro se torna uma metáfora para o sonho de uma vida melhor, a primeira coisa que o pai dele faz ao desembarcar é conseguir o tal abacate, mesmo sendo um imigrante paupérrimo e que não sabia falar português, realizando assim o sonho de sua esposa.

Após um breve relato das dificuldades que o casal passou e descrição da sua família, ele finalmente começa a narrar sua história, o drama principal do livro. Ele não é um bom aluno e o pai, querendo um futuro melhor pro filho, consegue matriculá-lo no Colégio Católico Padre Juvêncio, frequentado por filhos de fazendeiros e de industriais, o diretor aceita a matrícula de um aluno judio pra mostrar que seu colégio é moderno, mas avisa logo que a vida de Mardo (como ele é conhecido) não será fácil:

“- Nossos alunos são todos filhos da classe alta. Fazendeiros, industriais, a nobreza do país. Está na hora e a gente abrir o colégio (...). Estes meninos só convivem entre si, não conhecem outras pessoas. (...) Acho que você terá problemas. Vão gozar de sua cara, vão lhe hostilizar, talvez até bater em você. Uma coisa eu lhe peço: aguente. Não é só por você. É pelo colégio. É até por essa rapaziada, para que eles melhorem como pessoas. Você promete? Você vai ficar firme?”

Ele aguenta essa perseguição (a história se passa nos anos 1960 quando o termo bullying ainda nem havia sido inventado) e com isso amadurece e começa a demonstrar sua verdadeira força. A obra aborda muito o preconceito contra os diferentes, mas não é um texto panfletário sobre tolerância, o autor soube dosar muito bem a mensagem social e a leveza que uma narrativa infantojuvenil precisa para conquistar os jovens que nem sempre tem hábito de leitura.

Mardo logo tem um companheiro nesse sofrimento, algum tempo depois é matriculado Carlos, o filho de um advogado rico que se mudou de Salvador pra São Paulo por causa do emprego. Carlos era negro e embora seja de classe alta e católico, esse detalhe faz com que seja perseguido e mesmo Mardo acaba estranhando ele no início:

“Por incrível que pareça, eu, membro de um grupo vítima do preconceito, tinha de lutar contra meu próprio preconceito, contra a sensação de estranheza e até de desconforto. Hesitei muito, mas acabei contando isto a ele. Não se zangou, ao contrário: se você tivesse me dito que nunca notou a cor da minha pele, eu não acreditaria, disse.”

A hostilidade dos outros os une e os dois se dão bem, acabam virando grandes amigos, Mardoqueu frequenta a casa de Carlos e lá conhece Ana Lúcia, sua irmã mais velha, os dois se apaixonam e dois vivem um romance. Só que o namoro não é bem aceito pelo fato deles serem diferentes, um negro só poderia se relacionar com alguém de sua raça, a mãe de Mardo pensa a mesma coisa e não vê a menina com bons olhos – além de não ser judia era mulata e mesmo para uma pessoa que sofreu perseguição por ser diferente como ela, isso era imperdoável.

É uma história que incomoda o leitor pois, apesar do mundo ter mudado muito da década de 1960 pra hoje, ainda existe muita discriminação e falsa aceitação. Mesmo as pessoas que parecem lutar contra essa terrível realidade, precisam se policiar, porque o preconceito muitas vezes é velado, a pessoa nem percebe que está julgando outra por uma característica inata e não por seus atos.

Como já falei antes, não se preocupe, é um romance comovente que fala de superação e conquistas e não um texto panfletário de grupo político contra o racismo, por isso leia com a certeza de que terá um prazeroso entretenimento que te ajudará a pensar em questões relevA família de Mardo havia emigrado para o Brasil onde o seu pai o colocou em um colégio católico e caro onde obtinham as melhores notas no vestibular; de lá tinham saído empresários, empresários, profissionais liberais, políticos famosos.
Mardo era o primeiro israelita a cursar o colégio Juvêncio, ele sofria bullying, faziam de tudo para ele sair da escola. Até um dia entrou no colégio um novo aluno que era negro, Mardo e ele se tornaram amigos, foi assim que ele conheceu a irmã de Carlos, qui si apaixonou por ela, sendo assim começaram a namorar, mais tempo tornando se difícil.
 Pois Ana Lúcia era uma Mulata e Mardo era branco, e naquela época eraestranhopara as pessoas.
 Mais no final deu tudo certo, eles venceram o preconceito, casaram e tiveram dois filhos Pai de Mardo faleceu, Mardo formou em Arquitetura, Carlos em direito e Ana Lúcia em Letras.

 Moacyr ao longo do livro conta a história autobiográfica, personagens, suas origens, suas religiões, suas origens, suas religiões e muitos outros...
 Uma família judaica que emigram da Europa para o Brasil, para uma vida melhor onde o açúcar é barato, as frutas se comem a vontade.
 Foram morar em Santos, que tiveram 4 filhos, Mardoqueu era um dos filhos, que saiu pai o havido colocado em um colégio chamado Padre Juvêncio (colégio católico) onde Mardo como era chamado sofria bullying, por ser judeu.
 Até que um dia entrou Carlos (um menino negro) que virou amigo de Mardo. Assim ele conheceu Ana Lúcia, irmã de Carla, para Mardo ela linda.
 Eles começaram a namorar, mais foi o namoro e deles, pois era estranho naquela época um branco com uma mulata.
 Enfim os tempos passaram e eles conseguiram vencer o preconceito, casaram-se, tiveram dois filhos. Carlos e Mardo terminaram o curso no Juva, Ambos fizeram vestibular um pra Direito e outro Arquitetura.
 Tiveram que atravessar o oceano, tiveram de descobrir um país que não conhecia. antes.  ( rascunhocomcafe.com )


A família de Mardo havia emigrado para o Brasil onde o seu pai o colocou em um colégio católico e caro onde obtinham as melhores notas no vestibular; de lá tinham saído empresários, empresários, profissionais liberais, políticos famosos.
Mardo era o primeiro israelita a cursar o colégio Juvêncio, ele sofria bullying, faziam de tudo para ele sair da escola. Até um dia entrou no colégio um novo aluno que era negro, Mardo e ele se tornaram amigos, foi assim que ele conheceu a irmã de Carlos, qui si apaixonou por ela, sendo assim começaram a namorar, mais tempo tornando se difícil.
 Pois Ana Lúcia era uma Mulata e Mardo era branco, e naquela época eraestranhopara as pessoas.
 Mais no final deu tudo certo, eles venceram o preconceito, casaram e tiveram dois filhos Pai de Mardo faleceu, Mardo formou em Arquitetura, Carlos em direito e Ana Lúcia em Letras.

 Moacyr ao longo do livro conta a história autobiográfica, personagens, suas origens, suas religiões, suas origens, suas religiões e muitos outros...
 Uma família judaica que emigram da Europa para o Brasil, para uma vida melhor onde o açúcar é barato, as frutas se comem a vontade.
 Foram morar em Santos, que tiveram 4 filhos, Mardoqueu era um dos filhos, que saiu pai o havido colocado em um colégio chamado Padre Juvêncio (colégio católico) onde Mardo como era chamado sofria bullying, por ser judeu.
 Até que um dia entrou Carlos (um menino negro) que virou amigo de Mardo. Assim ele conheceu Ana Lúcia, irmã de Carla, para Mardo ela linda.
 Eles começaram a namorar, mais foi o namoro e deles, pois era estranho naquela época um branco com uma mulata.
 Enfim os tempos passaram e eles conseguiram vencer o preconceito, casaram-se, tiveram dois filhos. Carlos e Mardo terminaram o curso no Juva, Ambos fizeram vestibular um pra Direito e outro Arquitetura.
 Tiveram que atravessar o oceano, tiveram de descobrir um país que não conhecia.  (oladocriticodaresenha.blogspot )


Esta história é um manifesto contra sentimentos e emoções pré-concebidas e, em especial, o preconceito contra judeus e negros. O autor traz à tona o tema do estranhamento do diferente, a incapacidade de aceitação, pela sociedade, daquele que foge dos padrões sociais e culturais estabelecidos como 'normais'. Mardo, um judeu, e Carlos, um negro, discriminados, lutam para ficar amigos e serem aceitos no colégio e nas respectivas famílias. A mãe de Mardo, judia, ao imigrar para o Brasil, deixa na Rússia um sonho de infância - o de comer abacate. Fruta cara, inacessível, o abacate representa o sonho improvável de liberdade, felicidade, conquista e esperança. ( livrariacultura.com )

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