sábado, 23 de julho de 2016

Dom Quixote de La Mancha – Miguel de Cervantes

Dom Quixote de La Mancha (Don Quijote de la Mancha em castelhano) é um livro escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes y Saavedra (1547-1616). O título e ortografia originais eram El ingenioso hidalgo Don Quixote de La Mancha, com sua primeira edição publicada em Madrid no ano de 1605. É composto por 126 capítulos, divididos em duas partes: a primeira surgida em 1605 e a outra em 1615. A coroa espanhola patrocinou uma edição revisada em quatro volumes a cargo de Joaquín Ibarra. Iniciada em 1777 concluiu-se em 1780 com tiragem inicial de 1600 exemplares.
O livro surgiu em um período de grande inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria que gozaram de imensa popularidade no período e, na altura, já se encontravam em declínio. Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar. O protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura desses romances, perde o juízo, acredita que tenham sido historicamente verdadeiros e decide tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de cavalaria. Enquanto narra os feitos do Cavaleiro da Triste Figura, Cervantes satiriza os preceitos que regiam as histórias fantasiosas daqueles heróis. A história é apresentada sob a forma de novela realista.
É considerada a grande criação de Cervantes. O livro é um dos primeiros das línguas européias modernas e é considerado por muitos o expoente máximo da literatura espanhola. Em princípios de maio de 2002, o livro foi escolhido como a melhor obra de ficção de todos os tempos. A votação foi organizada pelo Clubes do Livro Noruegueses e participaram escritores de reconhecimento internacional.
O protagonista da obra é Dom Quixote, um pequeno fidalgo castelhano que perdeu a razão por muita leitura de romances de cavalaria e pretende imitar seus heróis preferidos. O romance narra as suas aventuras em companhia de Sancho Pança, seu fiel amigo e companheiro, que tem uma visão mais realista. A ação gira em torno das três incursões da dupla por terras de La Mancha, de Aragão e da Catalunha. Nessas incursões, ele se envolve em uma série de aventuras, mas suas fantasias são sempre desmentidas pela dura realidade. O efeito é altamente humorístico. O encanto da obra nasce do descompasso entre o idealismo do protagonista e a realidade na qual ele atua. Cem anos antes, Quixote teria sido um herói a mais nas crônicas ou romances de cavalaria, mas ele havia se enganado de século. Sua loucura residia no anacronismo. Isso permitiu ao autor fazer uma sátira de sua época, usando a figura de um cavaleiro medieval em plena Idade Moderna para retratar uma Espanha que, após um século de glórias, começava a duvidar de si mesma.
O livro é estruturado em duas partes, a primeira maneirista, enquanto a segunda é mais barroca. Enquanto a primeira parte da obra deixa a impressão de liberdade máxima, a segunda parte produz a sensação constante de nos encontrarmos encerrados em limites estreitos. Essa sensação é sentida mais intensamente quando confrontada com a primeira parte. Se anteriormente, a ironia era, sobretudo, uma expressão amarga da impossibilidade de dar realidade a um ideal, com a segunda parte nasce muito mais da confrontação das formas da imaginação com as da realidade. Cervantes dá a sua própria definição da obra: "orden desordenada (...) de manera que el arte, imitando à la Naturaleza, parece que allí la vence". O processo adotado por Cervantes - a paródia - permite dar relevo aos contrastes, através da deformação grotesca, pela deslocação do patético para o burlesco, fazendo com que o burlesco apague momentaneamente a emoção, estabelecendo um entrelaçado espontâneo de picaresco, de burlesco e de emoção. O conflito surge do confronto entre o passado e o presente, o ideal e o real e o ideal e o social.
Dom Quixote e Sancho Pança representam valores distintos, embora sejam participantes do mesmo mundo. É importante compreender a visão irônica que o romancista tem do mundo moderno, o fundo de alegria que está por detrás da visão melancólica e a busca do absoluto. São mundos completamente diferentes. Sancho Pança o fiel escudeiro de Dom Quixote é definido por Cervantes como "Homem de bem, mas de pouco sal na moleirinha". É o representante do bom senso e é para o mundo real aquilo que Dom Quixote é para o mundo ideal. Por fim, a história também é apresentada sob a forma de novela realista: ao regressar a seu povoado, Dom Quixote percebe que não é um herói, mas que não há heróis.
As figuras de D. Quixote, de Sancho Pança e do cavalo de Dom Quixote, Rocinante, rapidamente conquistaram a imaginação popular. No entanto, os críticos contemporâneos da obra não a levaram tão a sério como as gerações posteriores. No século XVII, por exemplo, considerou-se que o romance continha em si pouco mais que o tom de bom humor e de diversão, com Dom Quixote e Sancho Pança a encarnarem respectivamente o grotesco e o pícaro. O século XVIII foi pródigo em elogios a D. Quixote, não só na Espanha e em Portugal, como também por parte de grandes românticos do centro da Europa.
Na história do romance moderno, o papel de Dom Quixote é reconhecido como seminal. A evidência disso pode ser vista em Daniel Defoe, em Henry Fielding, em Tobias Smollett e Laurence Sterne e, também, em personagens criadas por alguns romancistas clássicos do século XIX, como é o caso de Walter Scott, de Charles Dickens, de Gustave Flaubert, de Benito Pérez Galdós, de Herman Melville e de Fiódor Dostoiévski. O mesmo acontece no caso de alguns autores pós-realistas do século XX, como James Joyce e Jorge Luis Borges. Dom Quixote provou ser uma notável fonte de inspiração para os criadores em outros campos artísticos. Desde o século XVII que se têm realizado peças de teatro, óperas, composições musicais e bailados baseados no Dom Quixote. No século XX, o cinema, a televisão e os cartoons inspiraram-se igualmente nesta obra. Dom Quixote inspirou ainda artistas como William Hogarth, Francisco Goya, Honoré Daumier, Vasco Prado e Pablo Picasso.

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Considerado um dos melhores clássicos de todos os tempos Dom Quixote foi publicado em Madrid em 1605, com 126 capítulos. Sabe-se que a coroa espanhola patrocinou uma edição revisada em quatro volumes em 1777 com uma tiragem inicial de 1600 exemplares.
Cervantes é uma autor irônico, que faz uma interessante paródia com os romances de cavalaria, que tinham uma boa popularidade na época, mas já aparentava estar em declínio. Cervantes utiliza da insanidade de seu protagonista para viver aventuras e fantasias que provocam humor, embora também nos façam refletir, já que o autor joga na nossa cara por meio do burlesco uma dura realidade e uma boa crítica da sociedade. Aliás, o autor adora brincar com a realidade e o imaginário, o possível e o real.
Dom Quixote é ingênuo, criativo, um leitor assíduo, herói que nasceu no período errado e que aparentemente vive em sua própria bolha! Já Sancho, meu personagem preferido, é aquela figura que representa o bom senso, um tanto materialista, inclusive. Obviamente são personagens repletos de camadas mais profundas, mas como esse texto não é um artigo acadêmico, não cabe aqui fazer uma análise profunda de 100 páginas dos dois, mas a complexidade deles é algo bem evidente para qualquer um que leia a obra.
Nem todos sabem, mas Dom Quixote é divido em duas partes, talvez Cervantes tenha sido um dos primeiros autores a fazer uma continuação devido o sucesso do primeiro livro! No entanto, apesar de serem os mesmos personagens é possível perceber uma grande diferença entre as duas partes. A primeira tem um estilo que condiz com o Maneirismo, já a segunda parte é mais Barroca e realmente possui um fim. É triste se despedir de Dom Quixote, mas Cervantes se assegurou de que sua obra não teria continuações falsas. Embora grande parte do público prefira a primeira parte, é na segunda que se encontra a minha história favorita, a que Sancho se torna governador da Ínsula Barataria.
Apesar de ser considerado um dos primeiros textos literários das línguas europeias modernas, Dom Quixote possui um espanhol que não é o espanhol moderno e por isso, mesmo quem é fluente no idioma, talvez tenha alguma dificuldade na leitura. Um prato cheio de doces para quem é da área de linguística, claro!
Enfim, Dom Quixote é uma obra que nos diverte, nos faz rir e também chorar. É um clássico cheio de aventuras e fantasias, adorado por linguistas, historiadores, críticos literários, pois é um poço de referências sociais, linguistas e culturais da época em que foi escrito, trazendo ao mesmo tempo temas que continuam a perpetuar por todos esses séculos. É uma obra que deve ser lida e apreciada, mesmo que você não tenha motivos acadêmicos. ( Michele Lima )

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Veja abaixo o resumo e análise de cada trecho do livro de Miguel de Cervantes:

A batalha dos moinhos de vento
Dom Quixote e Sancho Pança chegaram a um local onde havia trinta ou quarenta moinhos de vento. Dom Quixote disse a Sancho Pança que havia dezenas de míseros gigantes que ele ia combater.
Sancho pediu para Dom Quixote observar melhor, pois não eram gigantes mas simplesmente moinhos de vento. Dom Quixote aproximou dos moinhos com pensamento em sua deusa, Dulcinéia de Toboso, a qual dedicava sua aventura , arremeteu, de lança em riste, contra o primeiro moinho. O vento ficou mais forte e lançou o cavaleiro para longe. Sancho socorreu-o e reafirmou que eram apenas moinhos. Dom Quixote respondeu que era Frestão quem tinha transformado os gigantes em moinhos.

Análise do trecho: Através deste breve relato da Batalha dos Moinhos de Vento, podemos ver com clareza a loucura de Dom Quixote. Naquele momento, podemos observar, Sancho Pança comportar-se com as mesmas idéias de nossa sociedade quando defronta-se com algo fora dos padrões, fora do cotidiano, fora da normalidade petrificada que ela mesma impõe. E com mesma atitude, demostrando, apontando, avisando, porém nada fazendo mediante o fato.
Dom Quixote não tinha consciência do que fazia. Ele havia se aprofundado tanto naquele mundo irreal que começou a ver coisas. Logo após o choque com os moinhos ele percebe com clareza que os gigantes de fato eram moinhos, porém sua imaginação o faz achar que algum mago o hipnotizou, fazendo ele ver nos moinhos os gigantes. Sempre havia uma forma da realidade transformar-se em irrealidade.

A batalha contra o “exército de ovelhas”

Neste capítulo do livro, é relatado uma das aventuras de Dom Quixote, o encontro com dois rebanhos de ovelhas. O cavaleiro, com todo o seu sonho, criou paisagens e personagens que não existiam, atribuindo-lhes armas, coroas, escudos que na verdade não existiam, eram somente animais. Foi então que o “herói” avançou em direção aos rebanhos e, como sempre foi surrado pelos pastores e pelas próprias ovelhas.
Trecho: Como continuidade da sua loucura, o fidalgo é capaz de se imaginar em um campo, que está cheio de ovelhas, dois grandes exércitos, com seus generais e cavalos, guerreando. Aqui, Sancho Pança, também reprime o nobre homem, repetindo atitudes de nossa sociedade. Ele faz um papel de “acredite se quiser”, concordando com os sonhos de seu amo apenas para satsifazê-lo, ou seja, se não podia controlá-lo, juntava-se a ele.

Sancho Pança conquista suas ilhas prometidas

Desacreditado em receber sua ilha, Sancho Pança ganhou-a com muito orgulho. Pelo fato de acreditar e acompanhar um cavaleiro, tinha muito prestígio na sociedade. Sancho Pança resolveu vários problemas durante seu curto encontro com o poder, mas a população, que estava apenas fazendo uma brincadeira com o escudeiro, afetou os sentimentos do “governador”, fazendo-o abdicar ao cargo e voltar a sua vida antiga.
Análise do trecho: Nesta passagem do livro, analisamos como a sociedade, representada por Sancho Pança, é frágil. Ao acreditar estar recebendo os reinos prometidos por “nosso herói”, o fiel escudeiro rende-se à fantasia de Dom Quixote, movido pela ganância e pelo poder. Em contra partida, sua análise mais crítica do fato demonstra a atitude de deboche e desprezo dos habitantes da ilha, pouco se importando com o estado do ajudante e do próprio cavaleiro. Não refletiram se Dom Quixote tinha algum problema mental ou se precisava de ajuda. Ao contrário, envez de ajudá-lo, contribuíram para a sua ridicularização.

Causas do surgimento de Dom Quixote:

Perda da riqueza – Dom Quixote era um fidalgo, filho de pais ricos. No entanto, durante sua vida, ele vai perdendo sua riqueza, pagando dívidas e comprando livros. Por isso, mergulha na literatura em busca da solução desta dificuldade, até demais.
Mudança em sua vida – Além de perder sua riqueza, Dom Quixote, ao nosso ver, começa a agir como um cavaleiro em busca de uma mudança, uma nova vida. Ele já tinha uma idade relativamente avançada e vivia muito só. Por isso deixa-se levar por imaginação e passa a viver num mundo ilusório, fantasioso.

Consequências da “loucura” de Dom Quixote

Lesão às pessoas – Ao agir como Dom Quixote, o cavaleiro não distinguia as pessoas com quem encontrava, prejudicando algumas e, consequentemente, auxiliando outras, física e financeiramente.
Perda da história – Quando os amigos de Dom Quixote descobrem a causa de sua “insanidade”, decidem por acabar de vez com ela, queimando todas as suas novelas de cavalaria. Por outro lado, ao agir desta forma, a sociedade comprova seu poder, eliminando algo que possa causar mais problemas futuros, que possa incomodá-la.
Morte do personagem – Dom Quixote, inconsciente de seus atos, não percebe o desgaste de seu corpo e, infelizmente, como ele próprio afirma, só retorna à realidade quando já está nos momentos finais de sua vida. Morre arrependido, mas em paz por tê-la feito a tempo.

Conclusão

O livro de Miguel de Cervantes retoma a história do povo espanhol e da Europa, retratando as aventuras de seus inúmeros cavaleiros, sendo por isso considerado a última novela de cavalaria. Critica também as atitudes da sociedade e como alguns componentes desta alertaram para o problema de Dom Quixote e se esforçaram para tentar solucioná-lo.
Por: Renan Bardine
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O livro ‘Dom Quixote de la Mancha’, conhecido popularmente unicamente como Dom Quixote, é uma das mais famosas obras de todo o mundo, sendo já traduzida nos mais diferenciados idiomas. A obra foi escrita por Miguel de Cervantes, um espanhol que viveu entre os anos de 1547 e 1616. A primeira pare da obra teve a sua publicação datada de 1605.

Resumo do livro Dom Quixote

Em primeiro plano, devemos destacar que o nome da obra é o mesmo de seu personagem principal, ou seja, Dom Quixote.

O livro conta a história de um cidadão que vivia em uma pequena fazenda, sendo a mesma localizada na região de La Mancha, um pequeno vilarejo no interior da Espanha. Grande parte do seu tempo livre era gasto com a leitura de livros de cavalaria, e foi de tanto levar a sério as suas leituras que em um determinado momento de sua vida, acabou ficando louco.

Sendo assim, Dom Quixote chega à conclusão de que se tornou um cavaleiro, e agora, as suas ações devem honrar a pátria. Por isso, ele sai mundo afora a procura das mais desbravadoras aventuras, se autodenominando como Dom Quixote.

Segundo ele e a grande gama de livros que já havia lido, era essencial para um cavaleiro o casamento com uma grande dama, afinal, essa seria a mulher responsável por guardar toda a sua honra após a morte. A elegida por Dom Quixote foi Dulcinéia, sendo ela uma labradora que realmente roubou o seu coração.

Em Rocinante, Dom Quixote monta pela primeira vez em seu cavalo e parte pela primeira vez para as suas aventuras.

As principais aventuras – e desventuras – de Dom Quixote

As loucuras de Dom Quixote começam a tomar proporções quase que inimagináveis. Após caminhar por horas e horas e embaixo do sol ardente, ele chega em uma pequena vendinha, que por ele, foi visualizada como um grande castelo. Sendo assim, ele logo pede para que o vendedor lhe mande um cavaleiro desse castelo.

Um dia depois, ele se encontra com um grupo de comerciantes, e dessa forma, os vê como se fossem adversários, lutando contra eles. Ele cai e apanha deles.

Porém, algo de inesperado acontece nesse momento: um conhecido que vivia com ele em La Mancha o encontra, já gemendo de tanto sentir dor. Dessa forma, ele pega o amigo e o leva novamente para a sua fazenda. A essa altura da história, a sobrinha de Dom Quixote descobre o que desenvolveu a loucura em seu tio, e por isso, queima todos os seus livros envolvendo cavalaria.

Assim, todos pensam que finalmente essa loucura chegou a fim. Mas, não tarda para que Dom Quixote fuja mais uma vez e dê início a mais uma saga de aventuras. Porém, o que ninguém realmente esperava é que ele contasse também com um parceiro, já que entrou em contato com um labrador humilde que foi com ele, com a promessa de que seria o mais novo governador de uma ilha. Dessa forma, partem em aventura Dom Quixote e Sancho Pança, juntos.

Em uma dessas viagens, Dom Quixote se depara com alguns moinhos de vento e pensa que eles são gigantes. Mesmo que avisado por Sancho, ele não pensa duas vezes e logo se joga em um deles, sendo lançado para bem longe. Sancho o ajuda e logo percebe que Dom Quixote realmente acreditava no tamanho dos moinhos.

E é com o intuito de homenagear a sua esposa que Dom Quixote e seu parceiro acabam com todas as mais ridículas – e perigosas, ao ver da dupla, aventuras ao redor do mundo.

Entre as aventuras (também consideradas desventuras) o destaque vai para pedradas, pauladas, vários enganos, confusões e surras. Várias foram as vezes em que tentaram o levar de volta a fazenda, mas nada adiantava, já que ele tinha uma grande missão: a defesa da pátria.

Como a saga do herói chega ao fim

Depois de muitas aventuras, algumas sozinho e outras com o seu parceiro, Dom Quixote decide, de uma hora para outra, que chegou o momento de retornar à La Mancha.

Dessa forma, ele começa a se tratar com médicos e fica por um bom tempo em repouso, até anunciar em um certo dia que toda a sua loucura tinha sido deixada de lado.

Quando Quixote percebeu que a sua morte se aproximava, ele decidiu também deixar um testamento para Sancho e para sua governante, com a sua quantia em dinheiro. Para a sua sobrinha, deixou todas as suas terras.


Porém, certamente o que o herói deixou de mais importante foi a sua simpatia, bondade e muita dignidade, o que pôde ser usufruído por seus amigos e colegas. A sua morte foi natural e na lembrança ele foi sempre mencionado como um verdadeiro herói, sendo o seu principal poder a capacidade de transformar a fantasia em pura realidade.

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